segunda-feira, 11 de junho de 2012

A redenção da nação num golo

Já não bastava um código laboral e recibos verdes que entregam a mão de obra a preço de saldo aos capitães do emprego (vulgo call-center e sector do retalho) e a faz tão precária como a nossa credibilidade nos mercados financeiros ainda temos que deixar de poder negociar colectivamente contractos para os assalariados percam ainda mais. Afinal é preciso competir com as antigas repúblicas soviéticas, e há quem sonhe com isso e ainda consiga vislumbrar competir com a China e todo o sudeste asiático para fabricar brinquedos com chumbo.

Neste capítulo Teodora Cardoso fez um relatório exímio, disse claramente que do ponto de vista técnico a execução dos objectivos segue um trânsito adequado mas não acredita que baixar salários possa melhorar alguma coisa. Talvez devêssemos começar por cortar o salários de gestores, de consultores como António Borges, para incentivar e dar o exemplo aos restantes 10 milhões de fidalgos neste país, pois receber um dos mais baixos ordenados médios da UE e ter das maiores disparidades salariais da OCDE e UE deve ser um facto desconhecido á troika e ao Sr.Goldaman Sachs (P.S. António Borges foi despedido por incompetência ou talvez dano doloso no seu alto cargo no FMI, quem diria que um banqueiro ganancioso não seria responsável em tão nobre causa de estabilizar os mercados contra a especulação de bancos tipo Goldman Sachs)

Este é o melhor incentivo que os portugueses tem para se sindicalizar, mas só se os portugueses não forem otários ou seja se não gostarem de levar no pelo, e isto é como quem diz levar 600 euros para casa em recibo verde, pagar 70 em impostos e segurança social e não bufar.

Viva Portugal e o Ronaldo, assim vale a pena, abanar a bandeirinha, ver pela centésima vez os jogadores neste ou naquele momento mais descontraído.
O período de nojo também devia existir na televisão, para o qual as absurdas preocupações de uma bola entrar ou não baliza deviam ser secundárias à actual situação, parece que ainda não será tão cedo. Talvez para o próximo.