terça-feira, 12 de junho de 2012

Agricultura para que te quero!

O problema central da agricultura nacional prende-se com a falta de produção, a qual está fortemente associada a i) uma falta de consistência/deriva das políticas nacionais para o sector, e ii) politicas erradas implementadas, o que induziu ao desinvestimento e a uma perda de coesão nacional no sector de modo a fazer face à concorrência estrangeira. Assim, neste momento, Portugal, que é o país da EU com maior exposição solar e possui um clima ameno, incompreensivelmente importa a maioria da alimentação que consome (em comparação a Alemanha é auto-sustentável cerialiferamente!).
O exemplo mais paradigmático da falta de organização crónica que o povo português padece é o desordenamento do território nacional
Viajando pelo país é possível observar i) como recorrentemente se constrói e só posteriormente se pensa nos acessos, saneamento, abastecimento de água, luz, etc; ii) que existem a paredes-meias zonas habitacionais com fábricas e/ou zonas agrícolas e/ou florestais. Esta total falta de organização leva a uma menor rentabilidade e produtividade e a uma diminuição da qualidade ambiental e de vida. Pois, i) são necessários mais meios, sendo mais demorado e dispendioso a implementação de estruturas (ex: como é que se consegue elaborar uma rede eficaz de transportes colectivos se em vez de povoados/aldeias, existe um conjunto de casa ali e acolá?), ii) torna-se mais difícil a exploração de zonas agrícolas ou florestais, iii) a parca agregação em parques industriais não estimula as sinergias entre empresas.
Considerando que é imprescindível, para que um país seja sustentável, tentar produzir o suficiente para suprir todas as suas necessidades, só indo comparar estritamente aquilo que não consegue produzir:
i) as politicas nacionais para a agricultura (tal como para os restantes sectores produtivos) devem fomentar a produção nacional e devem faze-lo numa linha de pensamento a longo prazo.
ii) este aumento produtivo, de modo a ser optimizado dever ter em consideração as indicações de um grupo de estudo especializado (a explorar em crónica posterior) de modo a saber qual e produção mais rentável e sustentável naquela região.
iii) os produtores devem ser incentivados a deixarem a tradicional pequena estrutura produtiva para se associarem em médias/grandes empresas S.A. que consigam ter maior poder negocial com os clientes, maior abrangência de mercados de venda, maior capacidade de “encaixe” das variações dos preços dos mercados internacionais e dos prejuízos induzidos por intempéries, etc.
O que vai VOCÊ Fazer em relação a isso?