quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Voto em branco

Se for alguém com menos espírito de iniciativa, isso também não é desculpa para não participar na mudança.


A constituição confere-lhe um direito muito pouco utilizado e demasiado deturpado pelas forças politicas vigentes: o voto em branco.


O voto em branco demonstra que apesar de ser um cidadão informado e que não prescinde do seu direito de escolher qual o rumo que quer para o país, nenhuma das propostas e/ou candidatos presentes a sufrágio lhe satisfaz.


Qual é a efectividade desta acto? Toda e nenhuma!


Toda, porque ao contrário da abstenção que permite uma leitura de desinteresse pelo acto do voto, o voto em branco indica que o cidadão não se ausenta do seu dever de cidadania e quer escolher um rumo para o país, só que nenhuma das escolhas é boa. Se a maioria votasse em branco ficaria demonstrado inequivocamente o descontentamento da população sendo uma vergonha politica nacional e internacional levando ao descrédito total dos partidos e seus dirigentes.


Nenhuma, porque não tem repercussão directa na expressão e legitimidade eleitorais dos partidos e candidatos. Não há repercussão mas devia haver! A constituição e a legislação eleitoral deviam ser revistas de modo a que os votos em branco passassem a ser considerados como válidos. Assim, os votos em brancos passariam a representar lugares vagos na assembleia e, se o nº de votos em branco fosse suficiente para isso, as eleições seriam repetidas. Esta seria forma dos cidadãos terem um instrumento mais contundente e directo de alterarem a atitude da classe política, pois o lugar destes deixaria de estar assegurado.



Estas são algumas das maneiras efectivas de se poder contribuir para a mudança umas mais trabalhosas que outras mas todas com um ponto em comum, exigem que se saia da nossa zona de conforto e se actue, exigem uma mudança de nós próprios! Contudo, se queremos que o sistema mude temos nós que mudar primeiro, pois o sistema somos nós!



O que vai VOCÊ FAZER em relação a isso?