quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Porque não fundar um novo partido?

Porque não fundar um novo partido?


Na crónica anterior terminei com ideia que uma das maneiras de contribuir para a mudança é ajudar pequenos partidos existentes a "crescer", pois estes possuem programas "temáticos" e pouco robustos, não sendo por isso uma alternativa viável.


Contudo, é possível não nos identificarmos com nenhum dos partidos actuais (grandes ou pequenos), aí o que fazer?


Ao perscrutar os sentimentos e opiniões dos portugueses, não é difícil perceber que existem bastantes linhas comuns que são transversais a classes sociais, económicas e culturais. Nomeadamente, um descrédito total nos políticos e nos partidos actuais. Adicionalmente, verifica-se uma partilha de valores e de soluções para a resolução dos problemas que a todos nos assolam. Então, possivelmente, o que nos une é superior ao que nos separa. Assim, este é o momento certo para a criação de uma nova, robusta, séria, abrangente e pragmática força política nacional que dê resposta às necessidades e ânsias prementes dos Portugueses.


Existem muitas forças de bloqueio, dá trabalho, é difícil? Sim! Contudo, "não existem almoços grátis", por isso se realmente estamos fartos deste sistema corrupto e queremos mudar o rumo do país temos que trabalhar para isso.


Outros já tentaram e fracassaram! Sim, mas a conjuntura mudou, hoje estamos no limite. Os Portugueses já esgotaram a sua paciência para as negligências dos partidos com assento parlamentar e já não acreditam no voto "no partido que agora está na oposição". Anseiam por alternativas viáveis ao "centrão". Alternativas que sejam fiáveis e com propostas novas e robustas, que lhes dêem alento e esperança num futuro melhor.


O acesso aos meios de comunicação não será fácil, porque, por um lado, a informação é hoje mais entretenimento do que realmente informação, e, por outro, os grandes grupos económicos que patrocinam as campanhas dos grandes partidos são os mesmos que controlam os principais órgãos de comunicação social. Todavia, hoje o peso das redes sociais, e de outras vias de comunicação "alternativas", quando bem exploradas é imenso (podendo levar a revoluções).


Deste modo, apesar de todas as contrariedades levantadas pelos interesses instalados, a criação de novas forças políticas pela sociedade civil é uma das mais importantes formas de intervenção social, pois permite uma verdadeira projecção das ideias e necessidades das populações, não devendo ser menosprezada.



O que vai VOCÊ FAZER em relação a isso?