quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diabulus In Musica

Saluti!

Eis algo interessante no mundo da música, que permanece durante todos este séculos de existência, a Diabulus In Musica...

A D.i.m. surgiu na altura da época medieval, como um estudo esotérico de o que fazia soltar os nosso demónios através da música (ou seja, acordes que transmitissem a emocionaliadade de raiva\agressividade, depressão, e melancolia), e ao longo da sua pesquisa, repararam em acordes e intervalos que consideravam perigosos: as 2m, 7M, 4A e 5d.
A preocupação deles foi tanta quando ouviram o intervalo de 4A\5d que chamaram esse acorde de Trítono.
Porquê trítono?

Em termos teosóficos, eles procuravam encontrar métodos de salvação espiritual através da música para celebrar a Santíssima Trindade, a mística trindade unificada (Uno), como nós já ouvimos falar nas igrejas, o Pai, o filho e o Espirito Santo, são um só, a mesma entidade.
Em música actual, uma oitava completa-se somente com 3 intervalos de 3M, por exemplo: Dó-Mi; Mi-Sól#; Sól#-Dó.
Com estas bases, eles procuravam sons estáveis e pacíficos, tais como as 3M, 4P e 5P.
Se aumentares um meio tom a estes acordes e\ou intervalos, ficam dissonante, uma frequência agressiva ao nosso ouvido, que implica emoções mais negativas na nossa forma de estar. E o acorde mais decandente(segundo os clérigos medievais) era o de 4A, o trítono. Trítono, proveniente de Tridente (de Lúcifer\satã) e não de Trindade.

A escala Hexafona, tem todas as características de acordes proibidos da época... 666\m/

Quem tiver um piano ou um teclado em casa, pode fazer várias experiências com estas curiosidades:
- de Dó a Fá, origina a 4P, utilizada em missas, num âmbito mais relaxante, positivo;
- de Dó a Fá#, origina a 4A, utilizada por vezes em jazz, ou em black metal;
- de Dó a Sol, origina a 5P, utilizada em todo o tipo de música, dando a noção de estabilidade dentro da tonalidade referente;
- de Dó a dó#\ou Si a Dó, origina as 2m's, sendo acordes dissonantes, utilizados frequentemente no jazz, blues, metal, etc.

Tendo isto em conta, eles criaram a d.i.m. como um livro de censura para todos os compositores da altura, caso o Diabo não tecê-las e espalhar o caos por todo o mundo xD.
Aos longos dos tempos, houve um acordo entre músicos em criaram a "Musica Ficta", que era uma série de regras muito cuidadosas ao olho da Igreja, que até se podia utilizar um outro acorde proibido, dependendo da estruturação musical escrita. Tinha sido claro, que depende do contexto, estes sons tornavam-se só sensívelmente instáveis, dando um paradoxo de dor\prazer a quem ouvia. Como a Igreja, depois do séc. XVI, já estava com pouco fiéis contentes, lá disse que sim á M.Ficta.

Já nos nossos dias, a religião não tem poder nenhum, óbvio, logo não há nenhum tipo de censura esotérica(era só o que faltava eheh), mas o sistema de harmonia e desarmonia ainda é considerada perfeita em teoria musical, e herdamos ainda muito coisa da música medieval.

Agora, com a ciência cada vez mais avançada, todos estes pormenores fazem muito sentido em termos psicológicos do ouvinte, como as meras ideologias deles batem na perfeição com a nossa teoria músical de hoje em dia, no geral.

Agora toca a ouvir estes senhores:

Jazz https://www.youtube.com/watch?v=nSc5-RkndnQ&feature=related
Romantico https://www.youtube.com/watch?v=wXQCPAR0EHo&feature=related
Black Metal https://www.youtube.com/watch?v=Rk7okkOiAXw