terça-feira, 20 de dezembro de 2011

TEKS - A informatização do Sistema Parte II

Boa tarde, hoje continuarei a abordar a informatização do Sistema e as suas implicações nas vidas dos cidadãos. Na semana passada abordei a questão da entrega de documentos via web, esta semana, e para terminar, escolhi dois tópicos. O primeiro é a utilização do cartão do cidadão como cartão universal, sendo o segundo, os infames pórticos electrónicos das portagens.
Relativamente ao cartão universal e a meu ver, é algo que já fazia falta desde muito antes a ter sido implementado. Não faz sentido uma pessoa andar com um cartão para cada serviço que o Estado presta.

Neste aspecto dificilmente poderá haver contestação. Não posso é deixar de alertar para algumas situações que podem afectar alguns de nós. E acreditem ou não, podem ver um serviço básico, como por exemplo o de saúde, em casos extremos, ser negado. Na criação do cartão podem haver falhas de registos dos dados fornecidos e apesar da identificação única de cada um dos vossos documentos estar visivelmente presente no cartão, a mesma pode não estar registada na banda do cartão, assim, como os dispositivos que lêem os cartões não acedem a essa informação pode ser impedida a criação de por exemplo fichas hospitalares ou até a emissão de um qualquer histórico do cidadão. Felizmente estas situações são cada vez mais raras, e para as mesmas existem soluções quase imediatas, o que não deixa de ser aborrecido, por isso mantenham-se atentos. Outra situação para a qual gostaria de deixar um aviso, é a da possibilidade de um cartão poder ser clonado. Como não tenho fontes seguras sobre este assunto deixo apenas a dica, não forneçam o cartão fora de serviços oficiais por mais legitima que pareça a situação.

Chegámos então ao segundo tópico, os pórticos electrónicos de portagens. Simplificam bastante o trânsito, isso é indiscutível. Mas este é um dos casos em que me é difícil aceitar a informatização. E isto por duas simples razões. Primeiro as portagens "tradicionais" dão emprego e segundo a informação detalhada sobre as viagens efectuadas é quase impossível de obter fora do serviço Via Verde. Desafio-vos a fazerem vocês mesmos um teste. Passem numa portagem e não paguem. Esperem pela multa em casa e vão aos CTT pagar. Peçam o trajecto da viagem e a única coisa que vos poderão fornecer é a factura do valor da multa. Se pela matricula do veículo as autoridades fazem a multa chegar ao cidadão, o mesmo deveria ter a informação detalhada sobre o porquê da multa e isso não é o que acontece.