segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bolsas

Hoje vinha falar de um tema que a mim como bolseiro me diz algum respeito e que me tem deixado a pensar há algum tempo.
Para quem não sabe como isto funciona, um aluno que tenha sido bolseiro num determinado ano candidata-se à renovação da bolsa de estudo para o ano lectivo ulterior em Maio/Junho. Ora, chega a Janeiro e bolsa nem vê-la. O ano passado aconteceu-me o cumulo de em Janeiro, Fevereiro e Março receber 1/3 da prestação e só depois, em Maio, regularizarem os valores.
Eu tenho a sorte de ter uma família no Porto que me ajuda sempre que é preciso, mas a minha questão é se um aluno não tem a base de suporte que eu tenho como é que se sustenta na faculdade (alimentação, viagens para casa, passe, material escolar...) até Janeiro?
Quando um determinado banco de ricos precisou de ajuda o Estado imediatamente se disponibilizou a ajudar esse banco que se dedicava, basicamente, a gerir fortunas, sim, fortunas! Já para nem falar do bpn... E onde está o Estado quando é preciso ajudar estes jovens que estão a formar-se? Para tornar este país num sítio mais culto, com mais qualidade técnica e com mais ideia e, subsequentemente, mais alternativas e mais soluções para resolvermos os problemas da sociedade, quaisquer que eles sejam temos que proteger todos aqueles que querem estudar e não o podem fazer por uma questão monetária. É um dos pilares mais importantes da democracia!

Pedro von Hafe Leite