segunda-feira, 21 de maio de 2012

Praxe & Pancadaria


Não foi na semana anterior, como prometido, mas mais vale tarde que nunca. Assim, o tema está mais a frio o que permite uma crítica mais imparcial dos nossos caríssimos leitores.
O tema a que me refiro é o da confusão monumental (mais monumental que a própria da Serenata) entre o Orfeão e os velhotes que mandam na praxe, Magnum Consilium Veteranorum (MCV).
Estes senhores, ao que parece, e o vídeo no Youtube não deixa muitas dúvidas acerca da veracidade dos factos, agrediram o grupo de fados do Orfeão que ia abrir a Serenata. Isto tudo por causa de uma guerra já antiga e na qual os velhotes do MCV tentam constantemente demonstrar que o seu falo é maior que dos outros e que quem manda na praxe são eles.
Ora, a minha opinião sobre estes senhores resume-se numa palavra: escumalha. Pessoas mais perto da idade da reforma do que da do fim da licenciatura dos indivíduos normais que vivem da praxe, provavelmente para atenuar a frustração de nunca terem sido ninguém na vidinha deles são lixo académico.
O pior são os alunos que se submetem a este tipo de gente. Uma vez alguém me disse acerca dos ‘doutores’ da praxe: eles têm sobre ti o poder que tu lhes dás, mais nenhum. Porque é que os alunos, os que devem mesmo viver a praxe se sujeitam a isso? Tendo em conta algumas estórias que ouvi, maior parte dos estudantes nestas coisas da praxe são acéfalos e burros com palas. Que fazem o que os mais velhos mandam, muitas vezes sem saber porquê…
Até na praxe, que deveria ser uma forma de integrar os caloiros na academia, há lutas e jogos pelo poder, corrupções e afins. A FAP dá cobertura a estes seres sabe-se lá por que razão, dizendo-se até que partilham alguns dos lucros da queima (alegadamente).
Eu não sou anti-praxe, e acho que algumas pessoas que lá andam, na sua inocência, até a tornam uma actividade razoável e interessante. Mas esta escória deveria ser varrida e deviam devolver a praxe aos estudantes.
Só espero que depois disto não me venham bater, nem me rapem o cabelinho, nem façam um cerco a minha casa como fizeram ao Orfeão! Formas que estes energúmenos têm de tentar persuadir quem não se deixa levar pelas suas cantigas.

Pedro von Hafe Leite