quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Somos todos culpados!

Some men see things as they are and say why?



I dream things that never were and say why not?



Edward Kennedy, baseado em George Bernard Shaw





Olá a todos,



Chamo-me Rui Jorge Silva e vou estar com vocês nas próximas 52 semanas, aqui, na Janela das 5 ideias, ás quintas-feiras, para falar, não de política ou politiquices, mas sim sobre assuntos de sociedade, que a todos interessam.



Gostaria que este espaço fosse, não um local apenas de reflexão, mas sim um lugar de troca sinérgica de ideias, que culminasse em propostas de alternativa aos rumos seguidos até aqui e de possíveis atitudes a tomar para que essas venham a ser ouvidas.



Espero que gostem dos temas aqui apresentados e que participem na sua destrinça e reconstrução.



Bem hajam.





1ª Semana - Somos todos culpados!





Um País define-se pelas pessoas que o habitam e não pela sua localização geográfica ou o clima que possui. Assim, não adianta tentar mudar uma estrutura/sistema/país sem mudar a maneira de pensar/estar/agir das pessoas que o constituem.



Portugal chegou à situação actual por variadíssimas razões (poder-se-ão analisar mais tarde) mas no fundo o motivo de base é o mesmo há centenas de anos, a maneira de ser dos Portugueses.



Se pretendemos realmente mudar o país, se queremos realmente construir um Portugal melhor, onde tenhamos gosto de viver e orgulho em pertencer, teremos todos de mudar a nossa maneira de pensar/estar/agir, de ser.



É verdade que existem "uns mais culpados do que outros" pela situação actual, contudo, em democracia os povos têm os governos que elegem, por isso, e em última instância, somos todos culpados pelo rumo que tomamos. Deste modo, Portugal não precisa só de políticos novos e competentes, precisa de cidadãos "novos", competentes e responsáveis, que tenham um papel mais activo na (re)construção da sociedade portuguesa. Cidadãos que possuam um espírito cívico forte, uma consciência comum enraizada e que sejam intervenientes no assegurar da qualidade dessa mesma sociedade. Cidadãos que não estejam à espera que sejam os outros a lutar por eles na conquista de uma sociedade melhor.



Para que isso seja possível teremos todos que deixar os paradigmas que nos guiaram nos últimos séculos e nos conduzem repetitivamente a situações similares à actual, de total dependência do exterior (ex: bancarrota do final da monarquia e 1ª república; FMI em Portugal 3x no últimos 30 anos), para novos paradigmas assentes em fundamentos como a justiça, a meritocracia, a educação, a formação, a excelência, o civismo, o trabalho, entre outros; devendo a sua aplicação ser realizada com bom senso, lógica e pragmatismo. Só assim poderemos construir o Portugal que todos gostaríamos que esta nação fosse, um país de topo ao nível mundial. Pois a "grandeza" de um país não é proporcional ao seu tamanho físico mas aos feitos conseguidos pelos seus cidadãos.



Assim, uma pergunta fundamental se levanta:



o que é que VOCÊ vai FAZER para mudar Portugal?