terça-feira, 11 de outubro de 2011

Politiquices - Porquê pagar mais?

 Ora uma boa noite a todos, como primeiro post apresento-vos a rubrica mensal, "Politiquices". Nesta rubrica trataremos de abordar questões politicas e sociais.
 O primeiro tema que vos trago é algo que me vem a perturbar desde há alguns anos. Porque é que que o Estado Português tem todo o seu sistema informático montado pela Microsoft? Desde os servidores, aos computadores usados nas repartições de finanças, assembleia da república (exceptuando 3 deputados do PCP), o Magalhães e os e-escolas, mas porquê?
 Sinceramente não vos sei responder mas certamente se trata de alguma "politiquice", o problema, esse sim, eu sei explicar. Comecemos pelo início, um sistema operativo Windows nas suas configurações mais básicas custa   200 euros à data do seu lançamento, o Microsoft Office custa cerca de 400 euros, a manutenção também traz custos. Mesmo que o governo tenha alguma espécie de desconto a despesa chega aos milhões, e não falo de 1 ou 2 milhões, dou-vos o exemplo do programa e-escola e e-escolinha, cada computador vinha equipado com Windows e uma licença para o Office. Cada um custava 150 euros no e-escola e 50 euros no e-escolinha (os famosos Magalhães) e para alguns até era gratuito. Foram distribuídos 1,2 milhões de computadores "Magalhães" e cerca de 500 mil computadores portáteis de baixa gama. Só me resta dizer-vos uma coisa, façam as contas.
 Posto isto sugiro o mesmo que já vem a ser sugerido desde sempre. Instalando um sistema operativo Linux que é gratuito, tanto nos computadores de trabalho como nos servidores (e nas mãos de pessoas capazes são os servidores mais seguros do mundo) com uma cópia do Open Office uma alternativa gratuita ao Office mas também ela de qualidade, os custos certamente baixariam, quer dizer, digo eu... Os custos que restavam seriam os de manutenção (que poderia muito bem ser feita por técnicos do governo) e os de formação, porque seria necessário que as pessoas se adaptassem aos novos sistemas.

 Não percam na próxima semana a rúbrica Teks, onde o principal tema é a tecnologia.