quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O que se pode fazer?

Antes de mais gostaria de relembrar uma frase de Edmund Burke: "Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada, só porque podia fazer muito pouco." Se todos nós nos abstivermos de contribuir para a mudança só porque achamos que podemos fazer muito pouco, nunca nada mudará. No entanto, se cada um realizar a sua "pequena" mudança individual, teremos uma mudança com uma força de 10.000.000!




Que pode um cidadão, por muito formado, informado e empenhado que seja, tendo até ideias, convicções e força de vontade para as realizar, fazer para mudar o rumo do país? Penso que esta seja uma das grandes questões que se levantam no momento. Esta, e as crónicas seguintes, tentarão apresentar propostas de resposta.




Para começar, gostaria de levantar uma questão: a nossa escolha no momento do voto é totalmente livre ou enviesada por escolhas politicas prévias? Por exemplo, porque é que se teve que escolher entre Pedro Passos Coelho e José Sócrates? Porque alguém assim decidiu antes de nós e deu-nos a escolher aquilo que eles queriam.




Desta forma, uma pergunta impera: vivemos numa verdadeira democracia onde o povo decide ou numa "partidocracia" onde uma minoria de interesses obscuros decide pelo povo?




Assim, penso que uma das "pequenas" mudanças individuais que todos temos que fazer é sermos mais interventivos partidariamente. Pois, se as regras da democracia ditam que é através de partidos (que no fundo não deveriam ser mais do que associações de cidadãos que se propõem a governar o país) que se pode contribuir para a decisão das políticas a seguir, compete-nos a todos participar para escolha dessas politicas. Em comparação, é como não participar nas reuniões do condomínio e depois passar a vida a reclamar do estado do prédio e da má gestão por parte da administração do condomínio.




Foi isso que aconteceu nas últimas décadas, andámos todos alheados das lides partidárias e deixamos que outros fizessem as escolhas por nós. Resultado, chegamos á situação actual: boys, lobies, corrupção, impunidade, gestão danosa, e o país mergulhado numa divida colossal. Por isso, nunca nos devemos esquecer:




"Para o triunfo do mal só é preciso que homens bons não façam nada" (Edmund Burke).







O que vai VOCÊ FAZER em relação a isso?