domingo, 12 de agosto de 2012

(In) Segurança Social

O presente modelo de financiamento da SgS (contrato social) preconiza que as gerações activas descontem para pagar as reformas actuais. Contudo, com i) a alteração da pirâmide populacional (menos nascimentos do que mortes); ii) com a % de desempregados e reformas antecipadas a crescer, não é possível manter o modelo. Já há vários anos que são feitas transferências do orçamento geral do estado para a segurança social (no valor de vários milhões de Euro) para garantir o seu funcionamento, provando que o actual modelo é insustentável e que a insegurança da segurança social é um facto.
Adicionalmente, são escandalosos os abusos ocorridos na atribuição de apoios/direitos pela SgS, sejam eles tanto as reformas milionárias ou a acumulação de reformas, como os subsídios de inserção ou rendimento mínimo por quem não precisa. É tão grave a falta de fiscalização destes últimos como a mera existência das primeiras.
Mesmo que um cidadão não queira descontar para a SgS, preferindo outras opções de apoio, é obrigado a fazê-lo. Isto representa i) uma falsa sustentação do modelo da SgS, pois só com uma credível competição com outras opções é possível discernir a qualidade dos serviços; ii) uma limitação na liberdade individual e de escolha dos cidadãos. Havendo obrigatoriedade da existência de um serviço de apoio/segurança social, os cidadãos deveriam poder escolher quem querem que lhes preste esse serviço, assumindo os benefícios e os riscos.

Na mesma linha de pensamento previamente proposta para o modelo de saúde, também na SgS o estado deveria ser encarado como um garante da prestação dos serviços, deixando para outros a sua prestação. Assim, deveria:
deixar de ser obrigatório descontar para a SgS
ser o cidadão a escolher quem é o prestador desse serviço
ser obrigatório ter um seguro que cubra as situações que a SgS cobre actualmente
o cidadão, no uso da sua liberdade de escolha, poder fazer quantos seguros quiser no valor que quiser.
haver um seguro mínimo igual em todos os prestadores para garantir o mínimo de protecção para todos os cidadãos
esse o seguro mínimo garantir um subsídio de desemprego e uma pensão no valor do salário mínimo.
o seguro de quem não pode fazer seguro (ex: nunca pôde trabalhar) é garantido com uma “taxa social” cobrada em sede de IRS aos outros cidadãos.

O que é que VOCÊ vai FAZER em relação a isso?