terça-feira, 6 de novembro de 2012

A eleição de que o mundo "depende"

 Quem me conhece sabe que pró-americano eu não sou mas reconheço a importância que aquele país tem no destino da economia e paz mundial. Esta terça-feira realizam-se as eleições presidenciais dos EUA e como sempre todo o mediatismo à volta de tal acontecimento não deixa ninguém de parte. Para começar aponto o mediatismo como um problema, as pessoas não deviam votar pela fama e popularidade de um candidato mas sim pelo que fez ou está disposto a fazer. Quando milhares de pessoas deliram com duas palavras do filho ("Vote for daddy") de Barack Obama eu não deixo de pensar que se calhar não é isso que importa. Talvez pior que isso é o candidato republicano Mitt Romney não saber o que fazer a não ser sustentar interesses de terceiros, principalmente no que toca às forças armadas.
 Tendo acompanhado a campanha eleitoral, não deixo de reparar que as pessoas (americanos) acusam Obama de não ter cumprido nenhuma das suas promessas. Ora portanto, com um congresso dominado pelos republicanos é apenas natural (devido à natureza da estupidez humana) que nenhuma lei minimamente decente seja aprovada logo o culpado directo passa a ser, claro está, o senhor Obama. Não que eu apoie claramente o homem mas com tanta burrice do lado republicano eu não deixo de começar a torcer por ele. Por exemplo o ainda presidente quer implementar algo parecido com um serviço nacional de saúde e é tremenda a quantidade pessoas que está contra... Mitt Romney anuncia um aumento do orçamento para gastos militares e ninguém sai à rua em protesto, como é isto possível?
 Com isto quero chegar ao debate (o ultimo entre os dois) que para mim definiu os dois caminhos que o mundo pode seguir, são esses a III Guerra Mundial, ou, uma recuperação lenta e dolorosa da economia ocidental.
  Isto porque a conclusão a que pude chegar foi a seguinte: Mitt Romney quer potenciar as capacidades militares americanas para que o cenário de guerra com o Irão se torne cada vez mais real, ao mesmo tempo decide alertar para o "perigo" que os russos ainda representam. Obama quer potenciar a economia (depois de ter evitado que a mesma colapsa-se totalmente) e resolver através da diplomacia os problemas com o Irão, ao mesmo tempo que sobre os russos apenas tem a dizer a Romeny: "Saia dos anos 80". Depois de décadas em que os europeus deixaram que a economia americana ditasse a saúde da "nossa" economia, temos que ter em conta os nossos interesses e apesar da protecção que Obama deu aos bancos e às agências de rating penso sinceramente que se Obama não ganhar a nossa situação vai piorar ainda mais.