Depois de 4 anos de
crise o rescaldo é: uma queda de um governo; aumento de impostos; congelamento
de salários; corte de subsídios; aumento atroz do desemprego; fecho de
empresas; uma economia mais fraca; um SNS mais fragilizado e centralizado, tal
como a justiça; aumento dos transportes, da electricidade, gás e água.
O último ano foi
especialmente difícil, não só na real vivência das pessoas, mas também com o
constante bombardeamento com notícias alarmantes e soluções mirabolantes. Notícias
de uma Grécia desfeita em que as pessoas da classe média começavam a passar
fome.
Agora com o chumbo do
Tribunal Constitucional novas medidas são esperadas em Setembro. A situação
espanhola também não ajuda e adivinha-se uma saída em dominó do Euro, com
início na Grécia. As medidas como sempre não atingirão os mais ricos, os
senhores do poder, esses continuam intocáveis enquanto o Povo estiver a dormir.
Esperam-nos momentos
históricos, de grandes dificuldades. Seremos, somos, a primeira geração que
terá de viver abaixo da geração anterior. Que isso nos traga uma reconstrução da
escala de valores, com primazia pelas relações pessoais ao invés dos bens
materiais.
Pedro von Hafe Leite