Era este o título de uma
reportagem que deu ontem na sic e que entrevistava vários ex-ministros ou
membros governativos que tiveram ou têm ligações a empresas cuja tutela era administrada
por eles, antes ou depois de passarem para administradores das mesmas.
É escandaloso a falta de
vergonha na cara que estas pessoas têm. A maneira como encaram este tipo de
atitude. Se não está na lei, pode-se fazer. Metendo no bolso a dignidade e a
honra (a tal que citam quando fazem o juramento e que no dia a seguir se
esquecem).
Penso que urge legislar
sobre este assunto, criando um período de nojo de 5 anos anterior e posterior a
tomada de posse. Ou seja, só se poderia assumir o cargo de ministro se nos
cinco anos anteriores não tivesse qualquer ligação a empresas que iria tutelar.
E saindo do cargo durante 5 anos não poderia administrar essas mesmas empresas.
E, quanto a mim, seria justo e honesto proibir de uma forma perpétua que estes
ministros tivessem alguma ligação a empresas com as quais tivessem feito
qualquer tipo de contrato, pelo menos enquanto esse contrato estiver em vigor.
Não alinho com a ideia
de que os ministros devem ganhar muito mais de forma a não serem tentados a
aceitar estes cargos. A desonestidade não deve ser controlada comprando a
honestidade. Se estes senhores não se sujeitam a ganhar menos em prol da Nação então
também não fazem falta e, certamente, não irão desempenhar os seus cargos com o
bem do Povo como fito, mas sim com os seus interesses e das suas ex/futuras
empresas.
Se estes senhores são tao
bom gestores de certeza que arranjam emprego em empresas que não tutelaram, ou
até no estrangeiro. O problema é que é falso que eles sejam bons, o que eles
fazem qualquer dona de casa faria (se calhar melhor até) o que eles têm é muito
poder que lhes permite usurparem o erário público em prol das suas contas
bancárias.
E andam com um sorriso
na cara e aí na rua. E o povo é sereno…
A reportagem pode ser vista aqui!
Pedro von Hafe Leite